PHOTOS.....PHRASES.....PENSÉES.....POÉSIE....RÊVES.....HUMEUR.......

"A tarde é a velhice do dia. Cada dia é uma pequena vida, e cada pôr do Sol uma pequena morte!" (Arthur Schopenhauer) .

samedi 29 janvier 2011

Poétisas...a Paula (5)







nao me digas nada..

tu que entras te na minha vida com um simples olhar...
tu ganhas te meu coracao com um simples toque...
tu que me mostras te a felicidade com um beijinho meiguinho...
tu que nao sai de meus pensamentos...
tu que eu amo tanto...
tu que nao consigo esquecer...
tu meu amanhecer...
tu meu sonhos ao adormecer..
nao digas nada...amor
fica em silencio e escuta me
quando te digo..
que te tenho no fundo de mim
entre doces e meigas palavras...
o que tenho dentro do meu coracao
eu guardo pra te dar..
ser tua e de mais ninguem..
e se quiseres dizer alguma coisa
diz me so..
que te queres perder dentro de mim
para que eu te possa guardar,
para sempre,
no calor do meu corpo..!!
Paula

jeudi 27 janvier 2011

Frases..Rabin Dranath Tagore


"Não Chores por teres perdido o pôr-do-sol, as lágrimas impedir-te-ão de ver o brilho das estrelas" (por: Rabin Dranath Tagore).

ma traduction;

« Ne pleures pas d'avoir perdu le coucher du soleil, tes larmes t'empêcheront de voir la luminosité des étoiles » ( Rabin Dranath Tagore).

Os meus Versinhos.., "nevou nesse dia"

pintura feita por mim em 1971



Nevou nesse dia...

Um manto emaculado de branco
No silençio do alvorecer do dia
Mesmo as aves perderam o canto
"Ela" tinha caido gelada e fria..

Tinha caido a noite inteira
Num tombar , doce e regular
No çeu a Lua procurava maneira
De nela espalhar o seu Luar..

Pobre da Lua, estava a adivinhar!!
E então triste, como num lamento
Espreguiçou-se , e foi-se deitar
Nasceu assim , um dia cinzento

Tão pouco de cair "ela" deixou
Quando então , timido o Sol rompeu
O frio cà dentro, esse continuou
No nevoeiro gelado que apareceu...

Que sentimento triste de solidão
Me tràs , desde que me lembro
De uma lareira e muita recordação
Nevava nesse dia... 24 de dezembro

Fernando 20/1/2011

Textos....Henri Gougaud


Mais em baixo , eu meti um lindissimo texto de Henri Gougaud..
Quando tiver um bocado mais de tempo , vou tentar traduzi-lo para o Português , e mete-lo aqui neste Blog..
Para os que tiverem a sorte de o comprender..aqui esta..
" o Ratinho e o Vento
"

Henri Gougaud
La souris et le vent

C’était un désert silencieux, paisible, un désert sans faute, un désert sans rien, sans le moindre brin de buisson mortel, un désert désert. Il n’était que sable, il n’était que ciel. Et dans ce désert, avec la lumière, le sable, le ciel, il y avait le vent, et une souris. Il y avait l’amour. L’amour est partout, surtout au désert où rien ne l’entrave, ni piège ni mur. L’amour avait fait son nid infini dans le cœur du vent et de la souris.

Au bord de son trou sans cesse elle disait :

- Vent, je veux te voir !

- M’aimes-tu, souris ?

- Tu m’emplis le cœur, la tête, le corps, mais tu vas, tu passes, tu n’es jamais là.

- Viens, que je te caresse ton ventre, ton dos, ton menu museau !

- Oh oui, je te sens, oh, tes mains, ton souffle ! Oh tes yeux, dis-moi, comment sont tes yeux, de quelle couleur ? Ta bouche, ton front ? Te voir, vent, te voir !

Comment t’aimer bien sans jamais te voir ?

Un heureux matin (lumière tranquille, dunes alanguies), le vent répondit :

- Par amour pour toi je vais t’apparaître avec mes vraies mains, avec ma vraie bouche, ma poitrine nue, mes cheveux défaits, et tu me verras tel que Dieu m’a fait. Attends, je reviens.

Plus un souffle d’air. Silence, soleil, paix, sieste du sable. La souris, béate, attendit le vent. Soudain, du lointain vint un sifflement, une nuée grise envahit la dune, un tourbillon fou vint au bord du trou, un géant poudreux se mit à hurler :

- Souris, me vois-tu ? Ma mère m’a dit que j’étais superbe. Regarde-moi donc ! Dis, suis-je beau ? Souris, mon aimée, réponds, où es-tu ? C’est moi maintenant qui ne te vois plus ! Tu sais, je peux être encore plus fort, encore plus grand, plus vivant encore ! Souris, je t’en prie, dis-moi quelque chose, je te sens déçue.

Dis-moi que tu m’aimes encore et toujours !

Elle n’entendait pas. Elle entendait trop. Elle s’était enfouie dans son trou profond. Elle tremblait de froid, gémissait d’effroi. Tempête, ouragan, vertige, bourrasque, l’amour est ainsi quand il vient tout nu. Elle ne savait pas.

Martin Luther King


O que mais preocupa
não é o grito dos violentos,
nem dos corruptos,
nem dos desonestos,
nem dos sem-carácter,
nem dos sem-ética. . .

o que mais preocupa
é o silêncio dos bons


Martin Luther King

Poetas Populares...Daniel Faria


Ausência

Fala

Ouvir-te-ei
Ainda que os segredos
As amoras me chamem

Diz-me
Que existirão lágrimas para chorar
Na velhice
Na solidão

Ainda que acordes os olhos dos deuses

Fala

Ouvir-te-ei
A coragem

Alguém de nós que já não está

Daniel Faria, in "Oxálida"

ma traduction;

Absence

Parle

Je t'entendrai
Malgré les secrets
les mûres m'appellent

Dis-moi
Qui existeront des larmes pour pleurer
Dans la vieillesse
Dans la solitude

Malgré le reveil des yeux des Dieux

Parle

Je t'entendrai
le courage

Quelqu'un de nous qui n'est plus ici

Daniel Faria, in "Oxálida"




dimanche 23 janvier 2011

Os meus Versinhos.."hoje é Sabado"


hoje é sabado..
.................................................
Cai a chuva depois de um momento
Um Outono que tarda em chegar..
Eu ? tenho o meu jardim no pensamento
e é dele , que vos vou até falar..
...............................................
A origem dele? é da nossa terra
as sementes que Portugal viu partir
Uns dizem que foi por causa da guerra
eu penso que elas queriam era.."Existir"
.................................................
Pois haja flores que queiram partir
o nosso jardim nunca ficou pobre
a sempre novas flores a descobrir
Flores com alma , sempre nobre
....................................................
Passaram os dias e até muitas noites
com frio ..o calor..e até chuva sem fim
ventos que metiam medo e davam acoites
mas eu continuo a gostar do nosso jardim..
......................................................
foi assim no sabado...

Fernando 25/10/09

Poétisas..a Paula (4)


MusicPlaylist
Music Playlist at MixPod.com

Noite...
A noite vem devagarinho
Con sua dor , cheia de tortura ..
Assim tao triste, tao escura dentro do meu coracao
Assim com a saudade, eu queria descanso, sossego.
Custa me dizer que a vida é mesmo assim..
Que é para mim o mal, que me acontece .
Sem me queixar aceito as dificuldades da vida,
Entre dores, e a luz da minha alma,
Queria guardar a chama que tenho em mim,
Queria-a partilhar completamente,
Sem esconder nada..ser Eu mesmo,
Partillhar esse amor e nem sei, isto tudo que sinto em mim....!!
BOA NOITE..
Paula


Eu pergunto a mim mesmo..A noite? O que tem a noite de magico , ou de tragico..ou mesmo de fântastico..para as pôr assim a escrever? E o Dia?..não é lindo um Dia de Sol ? Mas sobre a Noite , jà Florbela Espanca nos tinha feito este poema magnifico..
Noite de Saudade

A Noite vem poisando devagar
Sobre a Terra, que inunda de amargura ...
E nem sequer a bênção do luar
A quis tornar divinamente pura ...

Ninguém vem atrás dela a acompanhar
A sua dor que é cheia de tortura ...
E eu oiço a Noite imensa soluçar!
E eu oiço soluçar a Noite escura!

Por que és assim tão escura, assim tão triste?!
É que, talvez, ó Noite, em ti existe
Uma Saudade igual à que eu contenho!

Saudade que eu sei donde me vem ...
Talvez de ti, ó Noite! ... Ou de ninguém! ...
Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!!

Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"

mercredi 19 janvier 2011

Poetas Lusófonos...Machado de Assis


Manhã de Inverno

Coroada de névoas, surge a aurora
Por detrás das montanhas do oriente;
Vê-se um resto de sono e de preguiça,
Nos olhos da fantástica indolente.

Névoas enchem de um lado e de outro os morros
Tristes como sinceras sepulturas,
Essas que têm por simples ornamento
Puras capelas, lágrimas mais puras.

A custo rompe o sol; a custo invade
O espaço todo branco; e a luz brilhante
Fulge através do espesso nevoeiro,
Como através de um véu fulge o diamante.

Vento frio, mas brando, agita as folhas
Das laranjeiras úmidas da chuva;
Erma de flores, curva a planta o colo,
E o chão recebe o pranto da viúva.

Gelo não cobre o dorso das montanhas,
Nem enche as folhas trêmulas a neve;
Galhardo moço, o inverno deste clima
Na verde palma a sua história escreve.

Pouco a pouco, dissipam-se no espaço
As névoas da manhã; já pelos montes
Vão subindo as que encheram todo o vale;
Já se vão descobrindo os horizontes.

Sobe de todo o pano; eis aparece
Da natureza o esplêndido cenário;
Tudo ali preparou co’os sábios olhos
A suprema ciência do empresário.

Canta a orquestra dos pássaros no mato
A sinfonia alpestre, — a voz serena
Acordo os ecos tímidos do vale;
E a divina comédia invade a cena.

Machado de Assis, in 'Falenas'

dimanche 16 janvier 2011

Urros..Torre de Moncorvo (Tras os Montes)



Urros..
uma terrinha (onde repousam os ossos de alguns dos meus antepassados) bem Transmontana..
Là ..num buraco do Mundo diram alguns..
Outros como Miguel Torga diram..que faz parte do Reino Maravilhoso..
E eu acho que Torga tem razão.;

Fica para os lados de Torre de Moncorvo , Bragança , Portugal
Vale a pena dar um passeio para ver..
aqui estam algumas fotos..

traduction

Urros.
une petite ville (où reposent les os de certains de mes ancêtres) bien Transmontana.
Là. .on c'est presque dans le trou du Monde , dirent quelques-uns.
D'autres comme Miguel Torga dirent , que fait partie du Royaume Merveilleux.
Et moi ,je trouve que Torga a raison. ;

C'est au Nord du Portugal vers Torre du Moncorvo, (Bragança, Portugal)
Prévoir une bonne journée pour se promener et voir.
Voila quelques photos.







Agrandir le plan

dimanche 9 janvier 2011

rire as vezes é o melhor remédio...




Dois velhinhos..

Num asilo de velhos, um ancião se dirigiu a uma velhinha sua colega:

- Não podemos ter sexo, diz ele com ar triste, mas gostaria de ter alguém para segurar meu pênis, não creio que isso seja mal…
O velho homem parecia sincero...

A velhinha ficou pensativa alguns momentos e depois concordou com um aceno de cabeça e um sorriso.
E durante dois meses os dois velhinhos encontravam-se para tomar sol no terraço.
Ele tirava o pênis para fora e ela pegava com muito carinho guardando-o na mão ao quentinho..sem o apertar , como quem agarra um passarinho.

Um belo dia ele desapareceu.
Ela procurou-o por toda parte no asilo , no refeitorio , pelos corredores e foi finalmente encontrá-lo no quintal, sentado ao lado de uma outra velhinha, que lhe segurava tambem o pênis.
A antiga companheira ficou indignada:
- Durante dois meses eu segurei-lhe no pênis sem problemas e agora você deixou-me ,trocou-me por uma outra ?
O que ela tem que eu não tenho ?
Pergunta ela despeitada ..

O velhinho calmamente responde-lhe sorrindo:
- A doença de Parkinson!!!

moral da historia ;
"hà sempre males que vêm por bem"..

Pensamentos..Padre Antonio Vieira


Não há poder maior do mundo, que o do tempo:
tudo sujeita, tudo muda, tudo acaba.
Não só tem poder o tempo sobre a natureza; mas até sobre cousas sobrenaturais tem poder, que é o que mais admira...

(Sermões, I, Lisboa, IN-CM, 2008, dir. Arnaldo do Espírito Santo, p. 371).

mercredi 5 janvier 2011

Poetas Portugueses...Miguel Torga

pintura minha


“Esse Trá-os-Montes da minha alma! Atravessa-se o Marão, e entra-se logo no paraíso.”


Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças
.

Miguel Torga, Diário XIII

Miguel Torga, de son vrai nom Adolfo Correia Rocha, est né au village de São Martinho de Anta, où il a été mis en terre, “ au milieu du paysage qui a emmailloté ma naissance et ensevelira ma fin ”, comme il l’avait écrit dès 1952 : celui de son “ royaume merveilleux ”, la pauvre et secrète province de Trás-os-Montes, au nord-est du Portugal.