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"A tarde é a velhice do dia. Cada dia é uma pequena vida, e cada pôr do Sol uma pequena morte!" (Arthur Schopenhauer) .

lundi 25 avril 2011

Poétisas.. a Paula "a Noite.."

foto minha
a Noite..
a noite um silencio de saudade..
somos apenas duas almas
somos o sol e a lua
o inverso do dia e da noite
e somos tao parecidos..mais,
teu sorriso e teu olhar faz-me voar , tao longe..longe...
Paula

Poetas Portugueses..Fernando Pessoa (só)

foto minha


só..

E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.

(Fernando pessoa)

Poetas Portugueses..Manuel Alegre(Trova do Vento que Passa)

foto tirada da Net

«Trova do Vento que Passa»

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre

Os meus Versinhos.., (Fez agora anos...)

foto tirada da Net




Fes agora anos...

Quantos?....Não sei
_ jà não me lembra ...
mas eu devia-me lembrar!!!
Muitos sem duvida.Mas quantos?
Para agora a memoria me atraiçoar?

Os anos passaram , e a gente foi esquecendo
portanto!!!
Um passado ainda não distante
Mas que foi tao importante!!

E para quê?
Para o que a gente agora vê?
triste sina..
Esquecermos o que o sacrificio de uns..
nos ensina ?

Tivemos a nossa grande Revolução
e não soubemos...
Agora temos a nossa podridão
e o que aprendemos?

Meu Deus.. grande Liçao..
De pedir aos outros..a salvação

Fernando 25/4/2011

dimanche 17 avril 2011

Os meus Versinhos.., "O saco dos beijinhos" parte1

foto tirada da Net


O saco dos beijinhos

Percorreu ele velhos caminhos
Esta cansado , sem cor, desbotoado
Remendado de roto , nos cantinhos
Não é mais que um velho.. saco

Estão la dentro Recordações
Tudo de velhas lembranças
Ja não se contam todos os Verões
Passados naquelas andanças

Mas quando esse saco se abre
Vê-se sair meiguices e.. beijinhos
As vezes até sai a saudade..
Ou a felicidade dos coraçõezinhos

Sai-em tambem noites orvalhadas
Outras vezes noites de amor
Nunca..sai-em noites geladas
Falo-vos de um saco sem valor...

Fernando (14/6/08)

samedi 16 avril 2011

Poétisas.. a Paula "olhares"

Guy named Joe (1943)

Existe mais poesia no olhar de quem ama de que em mil poemas que se escrevam .
Mas nem por isso devemos deixar de escrever esses mil poemas para mostrar ao mundo o que esse olhar diria...

(Paula)

mercredi 13 avril 2011

Poetas Portugueses..Fernando Pessoa (Da Minha Aldeia)


Da Minha Aldeia


Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe
de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.

Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

lundi 11 avril 2011

Poétisas..Sophia de Mello Breyner Andresen"SINAL DE TI"

a uma Deusa que nos deixou...


SINAL DE TI

A presença dos céus não é a Tua,
Embora o vento venha não sei donde.

Os oceanos não dizem que os criaste,
Nem deixas o Teu rasto nos caminhos.

Só o olhar daqueles que escolheste
Nos dá o Teu sinal entre os fantasmas.

Sophia de Mello Breyner Andresen
in 'Poemas escolhidos' 2004