“Esse Trá-os-Montes da minha alma! Atravessa-se o Marão, e entra-se logo no paraíso.”
Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
Miguel Torga, Diário XIII
Miguel Torga, de son vrai nom Adolfo Correia Rocha, est né au village de São Martinho de Anta, où il a été mis en terre, “ au milieu du paysage qui a emmailloté ma naissance et ensevelira ma fin ”, comme il l’avait écrit dès 1952 : celui de son “ royaume merveilleux ”, la pauvre et secrète province de Trás-os-Montes, au nord-est du Portugal.
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